quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Lição

Ano 1963. Vânia, Regina, Angela, Filomena, Francisco Mendonça, Juscelino, Ysabel Isaura e Elisabeth - Imagem do site Azogue.com



Soube do óbito de Francisquinho de Tita. Assim, contada ao pé de ouvido como se o mensageiro duvidasse do afirmado. Morava na vizinha cidade de Mossoró, onde vivia em harmonia com a família e em concórdia com seus semelhantes. Sempre o conheci um benemérito. Membro de decania onde figuram nomes como Antonio Gentil Fernandes, Vicente de Paula Gurgel Dutra, Sebastião Amorim de Souza, Álvaro Antonio de Souza, José Brasil Filho, João Reinaldo da Costa e Antonio Felix Sobrinho, entre outros.
O tempo em que o conheci era a década de sessenta, quando todas as atividades florescia e prosperava as margens do rio Ivipanim. Alí, na rua da Praia, empresas de navegação, a Mesa de Renda Alfandegada e todo o resto do comércio tinham suas ações voltadas para o desenvolvimento sócio-ecônomico da cidade. E foi nesse cenário que Francisquinho de Tita se destacou.
Depois veio a Casa Amarela.
Ele semeou nos irmãos a semente da árvore da vida em união e ensinou que todos devem aproveitar de sua sombra. Sempre viveu em plena Obediência. Choremos, choremos, choremos... Mas, tenhamos esperanças! Pois nós somos livres porque praticamos as ações por amor as obras e não por interesse.

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sábado, 5 de abril de 2008

Prudência e Reticência

Há muito que desabituei dos noticiários. Abandonei-os desde que a moda da globalização pegou, creio. Nem mesmo o noticioso Hora do Brasil - programa oficial e tido por muitos como padrão - escuto. Eles já não trazem nenhuma boa notícia para nós trabalhadores. Não ouso nem mesmo discutir com os amigos os assuntos que são manchetes nos principais jornais, por sucedâneos e vergonhosos demais.

Assim, comecei a passear nas telinhas da tevê, assistindo desenhos-animados e novelas. Fazendo deles um novo hábito. Programas que passaram a fazer parte da minha rotina noturna, no horário nobre das oito horas. Aos poucos fui percebendo a correlação entre as notícias veiculadas na mídia com as situações dos personagens, tanto nas novelas quanto nos desenhos. Cito por exemplo dois momentos da novela Desejo Proibido. É lá que vive o prefeito Viriato Palhares – um dos ilustre filho de Passaperto. Num, o seu assessor sugere que ele acrescente a palavra condor ao seu nome, passando a se chamar Viríato CONDOR Palhares, pois num país da America do Sul, um político usou o nome de um crustáceo, juntou ao nome e saiu-se vitorioso. Noutra o novo prefeito interventor pede a um jornalista que publique nota inverídica, ele diz ao repórter: você coloca na primeira página em letras maiúsculas e vira verdade. Pronto!

Eu vi, assim, a arte imitando a vida. Reciprocam-se, pois, a vida e a arte, na vida real.
Não é sem motivo que tenho guardado em minha memória, o concurso prestado no vestibular de Administração. Em um dos quesito da prova de matemática perguntava-se qual o percentual de notícias verdadeiras em determinado jornal. Depois da demonstração do enunciado, dava as seguintes alternativas como resposta: 100%, 80%, 50% ou nenhuma das alternativas. A resposta certa dizia ser de cinqüenta por cento o número de notícias verdadeiras divulgadas no jornal.
Era a época dos sonhos. Os verdes anos da minha vida.