quinta-feira, 20 de março de 2008

Refletindo

Nunca, nunca mais tarde, deixei de lembrar dos áureos tempos de Areia Branca. Tampouco, a comodidade de uma aposentadoria me permitiu a impudência de dizer: enfim tudo vai bem! A verdade é que crescí ouvindo e guardando os ditos proverbiais dos mais antigos. À hora das refeições, quando alguém não comia, seu José costumava dizer "o bocado não é pra quem o faz, mas pra quem o logra". Entendia que ele queria dizer coma senão outro vem e come! Um conceito que encerrava prudência, lógica e sobrevivência.
Era um senhor de moral, numa mistura de brasileiro/inglês. Não era carismático mas, impunha respeito pelos ditos e atitudes. Servidor público cioso dos deveres, destacava-se mais pela polivalência de seus dotes artesãs que burocráticos. Mantinha uma oficina em uma de suas áreas externa da casa. Alí tudo se construia. Cadeiras, mesas, bancos, botes e mais se possa criar na variedade entendida artesonar.

Os meios de educação avançaram. Não vejo mais esses procedimentos. Mudou a metodologia do ensino porém, ainda acredito nos valores morais.

Ele se foi. Sempre lembro de seus ditos e atos.
Essas lembranças, nestes tempos de reflexão juntaram-se as imagens da Mãe e do Filho, passo a passo a caminho do Gólgota. `Lembrando que Jesus é o Rei. A Cruz um símbolo de esperança e de salvação

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